domingo, outubro 29, 2006

Trilogia Índio Apaixonado

Caros,

A trilogia do Índio Apaixonado agora está completa no YouTube.

Passando Gatinha


Cuidado com a barata


Godim-Godão


Enjoy!

Francamente, Alan Brito!

Caros,

Dizem que mentira tem perna curta, né? Pois é... Parece que máxima valeu mais uma vez.

No último debate presidencial promovido pela Rede Globo, mais uma "mentirinha" foi descoberta. Mais uma vez a Globo tomou partido ao quebrar as regras do debate. O debate contaria com a participação de "eleitores indecisos" que formulariam perguntas aos candidatos sobre assuntos diversos. Um dos "indecisos", o cearense Alan Brito, formulou sua pergunta com um exemplo pessoal sobre melhoria nos transportes, e deu como exemplo o caso dele, que pegava todo dia 3 ônibus para chegar na faculdade. Pois é... parece que não é bem assim. Na mesma madrugada do debate, o teatro de Alan começou a ser derrubado. Segundo alguns conhecidos de Alan, que abriram o jogo em seu perfil do Orkut, ele mora em frente a faculdade. Parece mesmo que a pergunta foi montada e ensaiada. Não foi uma pergunta gerada por um "indeciso", contrariando as regras apresentadas no início do debate. Ou é isso, ou então, a Globo não sabia, e Alan Mentiu para eles também. Ou ainda, talvez Alan tenha falado a verdade. Mas espera um momento... Poxa... precisa mesmo pegar três ônibus para "atravessar a rua"? Pense numa rua larga! Francamente, Alan Brito? Mentira tem mesmo perna curta, né? Tudo bem que você não vote no Lula, seja um tucano fervoroso, e coisa e tal... mas bancar o "indeciso" e mentir só para aparecer na Globo? Francamente, Alan!

E parece que tem mais... Alan Brito, o “indeciso”, participa ativamente de uma comunidade na Internet contrária ao candidato Lula, batizada de “presidente Mulla”, que vive destilando veneno preconceituoso e direitista. Pense num rapaz indeciso! Tucano, anti-Lula, e ainda indeciso? Francamente, Alan Brito!

Fala sério!

sexta-feira, outubro 27, 2006

Manchete colossal

Caros,

Acaba de sair no Blog do Mino...
O que me encanta neste dia do debate final é a manchete da Folha de S.Paulo, a rasgar toda a primeira página: Casa de câmbio admite uso de laranja. A propósito, sempre me pergunto o que aconteceria se eclodisse a guerra, sei lá, do Brasil contra a Argentina. Haveria condições de inventar manchete maior?

Essa é a nossa imprensa.

Passando Gatinha

Caros,

Outro dia conheci um figura aqui no trabalho. Ele se diz o "Índio Apaixonado". Segundo ele próprio, tem "pra mais" de 250 músicas escritas. Todas guardadas na cabeça.

Publico aqui uma "palhinha" de um dos seus hits... Passando Gatinha.

Check this out...


quinta-feira, outubro 26, 2006

Play it again, Jango!

Caros,

Li um artigo no mínimo interessante... O artigo é de autoria da Profa. Ivana Bentes, diretora da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ). Só um detalhe... o artigo foi encomendado pela Folha de S.Paulo para ser publicado na edição de 1º de outubro, dia do primeiro turno, no Caderno Mais!.
O artigo deveria apresentar a análise feita por antigo presidente da República, já morto, que, de volta, comentaria os fatos políticos de agora. A professora escolheu João Goulart. Escreveu e enviou o texto para a Folha. E logo recebeu a informação de que não seria publicado. Motivo? O artigo estava “fora de foco”.

Publico aqui o artigo censurado. Ah! Mais um detalhe... qualquer semelhança não é mera coincidência, pois Jango virou Lula ;-)

Enjoy!

Play it again, Jango!

Ivana Bentes, pesquisadora e diretora da Escola de Comunicação da UFRJ

Morri no exílio, na província Argentina de Corrientes, em 6 de dezembro de 1976, sozinho, vítima de ataque cardíaco, numa fazenda da fronteira. Tentava voltar para o Brasil, de onde me expulsaram com o Golpe Militar depois que anunciei, no dia 13 de março de 1964 num comício para 150 mil pessoas na Central do Brasil que iria fazer a Reforma Agrária, Urbana, as reformas na Educação, a Reforma Eleitoral, Tributária...

Não deixaram fazer nada e me derrubaram! As forças mais conservadoras da sociedade Brasileira se uniram e foram convocadas a me depor, toda a imprensa ficou contra mim. Esse já era o terceiro golpe midiático-militar, botaram a classe média horrorizada na rua, as senhoras da TFP, editoriais alarmistas e moralistas, páginas e páginas de jornais, rádio, TV. Assustaram todos até que cai no dia 1º de abril de 1964.

Não adiantou, estou de volta! Não sei como, só sei que eu João Jango Goulart, ex-presidente deposto, retornei, é dia de eleição e estou concorrendo de novo para Presidente do Brasil. Mudei de partido. Estou grisalho, perdi um dedo da mão (onde?) e me dou conta que as forças que me derrubaram em 1964 estão quase todas aí. Continuo com apoio popular, estou com enorme vantagem nas pesquisas, mas por que os jornais dos últimos meses são todos contra mim e meu partido? Estou sendo de novo linchado? Em 64 diziam que eu ia implantar o Comunismo no Brasil e agora que estou implantando a Corrupção em Pindorama!

Meu assessor me informa que vamos assistir a fita com o meu debate na Televisão. Estou reconhecendo o pessoal da pesada de 64. Então tenho uma visão exata de quem eu sou e o que represento no Brasil de 2006, me vendo pelos olhos dos meus inquisidores. Roda o VT. Não, dá um play. Play it again, Jango! Ouço, e então presente, passado e futuro se dobram na tela da TV.

Entrevistador e dono de uma empresa de TV.

_ Senhor Presidente, de todas as reformas que o senhor propôs, uma é a mais perigosa de todas, é um acinte aos empresários da Comunicação, de Rádio e TV. Sr. Presidente, o senhor tentou entrar na nossa caixa preta, regular nossas empresas com uma Agência. Nós somos contra, Sr. Presidente! Onde já se viu? Deu está dado! Não queremos ninguém novo no negócio. Canal de TV pra Ong, pra Universidade, pra favela? Eles não precisam de nada disso e ainda fazem uns vídeos que são umas porcarias. Qualidade temos nós com essa imagem plastificada, atrizes esticadas digitalmente, programas incitando à delação. Eles a gente emprega pra figuração, usa para vender celular e fazer propaganda da nossa diversidade cultural. Os pobres tem estilo, são vibe, hiper, mob, servem pra vender quinquilharia e show. Mas dar canal de TV pra essa gente, Presidente?

Jango. Eu tenho um ministro da cultura que é músico e negro e quer botar ilha de edição, câmeras de vídeo e Internet de graça por onde der. É o início da Reforma da Cultura, da Educação, da Comunicação, junto com o Fundeb, o Fundo para a Educação, que eu criei lá em 62, e reeditamos agora. Por que ninguém fala do FUNDEB?! Eu tenho orgulho de estar implantando o Fundeb!! As cotas no Brasil! Estou botando os negros e os pobres dentro da Universidade. Temos que acabar o vestibular, tornar o acesso universal. Além disso eu criei o Bolsa Família, tirando um contingente da miséria, é a maior transferência de renda já feita nesse país. Eu apoio o MST, os Sem-Teto! Me deixem fazer as Reformas! As novas e aquelas, que vocês abortaram em 64!

Professor-Doutor-Pesquisador

_Desculpe, sr. Presidente. Eu fiz mestrado com bolsa Capes, doutorado com bolsa sanduíche em Paris VIII, CNPQ, e tive bolsa de pós-doutorado em Oxford. Meus alunos têm bolsa de iniciação artística, científica, extensão... Mas eu sou CONTRA a Bolsa Família!!! É assistencialismo dar R$ 50 (é muito, acostuma mal) para pobre. Populismo, sr. Presidente! Minhas bolsas eu ganhei todas por mérito. MÉRITO! E olhe que sou bolsista há 10 anos! Deus me livre perder minha bolsa!

Antropóloga, antes de entrar na roda de debate.

_ Ô diretor, chama um negro ai para aparecer no programa, mas tem que ser contra as cotas. A gente é branco, professor-doutor, não vale. É pro povo entender que é uma merda, que eles tem que entrar para a Universidade sozinhos, por mérito, se não vai cair o nível da universidade. Botar um antropólogo branco, louro de olhos azuis falando mal das cotas não vale, vão cair de pau na gente. Tem que ser negro falando mal das conquistas dos negros.

Diretor de TV

_Você sabe, a gente detona as cotas diariamente nos editoriais, colunas, manchetes, mas nas novelas tem que ser a garota negra com o galã branco. Botamos na tela uns negros limpinhos, bonitos, cheios de dignidade. Provamos que eles vão vencer sozinhos. COTA pra que? Nunca fomos racistas! Querem criar o racismo no Brasil, senhor presidente, O senhor está muito mal assessorado nessa área. Aliás, não vai ter cota para negros em empresas de TV, vai? Deus me livre! Não dá pra fazer Escrava Isaura no Leblon.

Entrevistador-cronista-consultor

_Senhor Candidato, o senhor está na frente das pesquisas, mas como esse povo ignorante, desdentado, feio, pode decidir por mim? EU que frequentava o Palácio do Planalto, que era amigo e confidente do sociólogo, seu cronista-conselheiro. EU que sou especialista em pornografia política. Achei que poderia ser de direita mas escrever genialmente como o Nelson , mas não tenho esse talento. Estou aqui me olhando na TV e só vejo um publicitário mal sucedido, porque o MEU candidato a presidência vai perder as eleições e meus amigos vão ficar fora do poder. Sou a encarnação das forças do ressentimento. Pelo menos sou psicanalizado, me acho um crápula, mas tudo bem. Os empresários me pagam 10, 20 mil por palestra ou consultoria para EU anunciar o Apocalipse. Não tenho o que perguntar só queria dizer olhando bem na sua cara. Eu te odeio, Sr. Presidente e morrerei escrevendo contra tudo o que o senhor significa (baba).

Apresentadora de TV. Então Sr Jango, depois de ouvir isso tudo sobre o seu governo, o que significará a sua reeleição?

Jango: “O triunfo da beleza e da justiça”. E não me chamem mais de Jango, o ex-presidente morreu, no golpe de 64, exilado na fronteira, em 1974. O novo presidente nasceu das crises que vocês criaram, tentando me derrubar , uma duas, três, quantas vezes? Não estou mais só, em 2006, tenho 55% das intenções de votos, atingi o coração do Brasil, sou uma radicalização da democracia. Meu nome é Muitos. Sou uma potência da Multidão.

quarta-feira, outubro 25, 2006

Partido Republicano

Caros,

Estamos ás vesperas do nascimento (ou seria renascimento?) do Partido Republicano (PR). A nova sigla será resultado da fusão do PL, Prona e PTdoB, que não conseguiram ultrapassar a chamada cláusula de barreira. Após o nascimento, o próximo passo será a homologação do PR pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que poderá levar até dois meses.

Beatles e Choro?

Caros,

Hoje fui apresentado a um trabalho musical genial. Um amigo (Edson) ouvindo um CD recomendado por um outro amigo (Luiz) me chamou e disse "Marcão, esse aqui você vai gostar... Ouve aqui essa música". Sabendo que sou Beatlemaniaco, ele já na apresentação falou do que se tratava... Beatles e choro! Gosto muito de choro, mas se tem uma coisa que não gosto é de "versões" de músicas dos Beatles. Se bem que isso tem mudado... já ouvi algumas versões muito boas de Beatles. Por exemplo, apresentado pelo Rafael, conheci outro dia o Meets the Beatles, de John Pizzarelli. Uma coletânea de grandes músicas dos Beatles numa roupagem mais jazzista. Ficou muito bom.

Mas voltando ao Choro e Beatles, fui ouvir a recomendação do Edson, confesso, com um certo pé atrás. Tal foi minha surpresa ao ouvir de cara Help num arranjo de flautas e sax-tenor sensacional. Disse "Opa! Beatles a lá Pixinguinha? Isso tá legal!". Pedi o CD e fui ouvir com calma. Depois de Help vem Something, num bandolim espetacular, que também tempera Eleanor Rigby mais a frente, num delicioso ritmo bem nordestino. A terceira faixa é a minha preferida... The fool on the hill, tocado por um doce clarinete, acompanhado por cordas bem casadas. Muito bom! O mesmo clarinete também dá o ritmo em um amaxixado When I'm sixty-four, que trás a cara do disco. Um arranjado cavaquinho dá a tônica em mais um maxixe em Day tripper na quarta faixa. E a coisa ia ficando cada vez melhor... Na quinta música, uma gatinha acompanhada de muitas cordas faz de Here, there and everywhere um belíssimo choro-canção. A mesma gaita toca For no one lá na frente. Ficou sensacional! Depois de Here, there and everywhere, chega Blackbird guiada por um cavaquinho e um violão sincronizadíssimos. A diferença do clássico Blackbird é dada pelo novo ritmo e cadência miudinha das cordas. Ficou muito legal. A sétima faixa é While my guitar gently weeps, que ganhou arranjo de violões valsistas muito bonito. Depois de When I'm sixty-four, vem outra vez o bom cavaquinho relendo With a little help from my friends. A essa hora eu já estava repetindo várias vezes algumas músicas. Depois da gaita de For no one e do bandolim de Eleanor Rigby, a décima segunda faixa vem com The long and winding road "matando" com um sax-tenor acompanhado por um violoncelo belíssimo... Essa é uma das minhas preferidas dos Beatles. E me amarrei na versão choro. Vi para minha tristeza que era só isso ("Poxa! Parou por quê?!")

Depois de ouvir várias vezes o CD, fui procurar saber mais sobre o trabalho. Beatles´n´Choro é um projeto da Deckdiscos produzido por Henrique Cazes que revisita músicas dos Beatles tocadas em forma de choro. O trabalho não limita-se a uma simplória tradução do rock ao choro. As músicas são realmente revistas em arranjos chorinhos belíssimos, sem em momento algum desvirtuar (ou mesmo desrespeitar) o trabalho "clássico" dos Beatles. E na minha modesta opinião ficou DUCARAMBA!

O acompanhamento das faixas tem, além de Henrique Cazes (violão, violão-tenor, viola caipira, banjo, cavaquinho midi e cavaquinho de acompanhamento), Marcello Gonçalves (violão de sete cordas), e Carlos Malta (sax-tenor), outros grandes como Alceu Reis (violoncelo), Hamilton Holanda (bandolim), Paulo Sérgio Santos (clarinete), Rildo Hora (gaita), Beto Cazes (percussão), Chiquinho Chagas (acordeom), Marcus Tardelli e Paulo Aragão (violões), Omar Cavalheiro (contrabaixo acústico e violão baixo) e Rui Alvim (clarone).

Segundo alguns puristas (tanto de choro quanto de Beatles) o trabalho não é lá essas coisas. Mas como não sou mais purista com relação a isso, gostei muito, e realmente recomendo.

Edson e Luiz, valeu pela dica. Sensacional!

terça-feira, outubro 24, 2006

Complexidade feminina!

Caros,

Para descontrair :-)


Complexidade feminina! (M = Mulher / H = Homem)

M - Onde você vai?
H - Vou sair um pouco.
M - Vai de carro?
H - Sim.
M - Tem gasolina?
H - Sim... coloquei.
M - Vai demorar?
H - Não... coisa de uma hora.
M - Vai a algum lugar específico?
H - Não... só rodar por aí.
M - Não prefere ir a pé?
H - Não... vou de carro.
M - Traz um sorvete pra mim!
H - Trago... que sabor?
M - Manga.
H - Ok... na volta eu passo e compro.
M - Na volta?
H - Sim... senão derrete.
M - Passa lá, compra e deixa aqui.
H - Não... melhor não ! Na volta... é rápido!
M - Ahhhhh!
H - Quando eu voltar eu tomo com você!
M - Mas você não gosta de manga!
H - Eu compro outro... de outro sabor.
M - Aí fica caro... traz de cupuaçu!
H - Eu não gosto também.
M - Traz de chocolate... nós dois gostamos.
H - Ok ! Beijo... volto logo...
M - Ei!
H - O que?
M - Chocolate não... Flocos...
H - Não gosto de flocos!
M - Então traz de manga prá mim e o que quiser prá você.
H - Foi o que sugeri desde o começo!
M - Você está sendo irônico?
H - Não... tô não! Vou indo.
M - Vem aqui me dar um beijo de despedida!
H - Querida! Eu volto logo... depois.
M - Depois não... quero agora!
H - Tá bom! (Beijo.)
M - Vai com o seu ou com o meu carro?
H - Com o meu.
M - Vai com o meu... tem cd player... o seu não!
H - Não vou ouvir música... vou espairecer...
M - Tá precisando?
H - Não sei... vou ver quando sair!
M - Demora não!
H - É rápido... (Abre a porta de casa.)
M - Ei!
H - Que foi agora?
M - Nossa !!! Que grosso! Vai embora!
H - Calma... estou tentando sair e não consigo!
M - Porque quer ir sozinho? Vai encontrar alguém?
H - O que quer dizer?
M - Nada... nada não!
H - Vem cá... acha que estou te traindo?
M - Não... claro que não... mas sabe como é?
H - Como é o quê?
M - Homens!
H - Generalizando ou falando de mim?
M - Generalizando.
H - Então não é meu caso... sabe que eu não faria isso!
M - Tá bom... então vai.
H - Vou.
M - Ei!
H - Que foi, cacete?
M - Leva o celular, estúpido!
H - Prá quê? Prá você ficar me ligando?
M - Não... caso aconteça algo, estará com celular.
H - Não... pode deixar...
M - Olha... desculpa pela desconfiança... estou com saudade... só isso!
H - Ok meu amor... Desculpe-me se fui grosso. Tá.. eu te amo!
M - Eu também!
M - Posso futricar no seu celular?
H - Prá quê?
M - Sei lá! Joguinho!
H - Você quer meu celular prá jogar?
M - É!!!!!!!!
H - Tem certeza?
M - Sim.
H - Liga o computador... lá tem um monte de joguinhos!
M - Não sei mexer naquela lata velha!
H - Lata velha? Comprei pra gente mês passado !
M - Tá.. ok... então leva o celular senão eu vou futricar...
H - Pode mexer então... não tem nada lá mesmo...
M - É?
H - É.
M - Então onde está?
H - O quê?
M - O que deveria estar no celular mas não está...
H - Como !?
M - Nada! Esquece!
H - Tá nervosa?
M - Não... tô não...
H - Então vou!
M - Ei!
H - Que ééééééé?
M - Não quero mais sorvete não!
H - Ah é?
M - É!
H - Então eu também não vou sair mais não!
M - Ah é?
H - É.
M - Oba ! Vai ficar comigo?
H - Não vou não... cansei... vou dormir!
M - Prefere dormir do que ficar comigo?
H - Não... vou dormir, só isso!
M - Está nervoso?
H - Claro, porra!!!
M - Por que você não vai dar uma volta para espairecer?

(Luis Fernando Veríssimo)

sexta-feira, outubro 13, 2006

Eleições sem cor II

... enquanto isso em Alagoas, o eleito senador Collorido prepara as malas para voltar à Brasília. Não parece brincadeira? Até seria, se não fosse para ocupar a cadeira da então hoje senadora Heloisa Helena.

E em São Paulo o eleito deputado federal Estilista, se prepara para levar luxo e "glamour" à câmara federal (dizem que vai chegar usando um pretinho "chiquééérrrimo!" e nada básico).

E eu que falava em eleições sem cor...

Francamente... Como diria o bom e velho Renato, "que país é esse?"

Eleições sem cor

Caros,

Lendo um artigo atribuído a Nelson Motta, uma passagem me chamou especial atenção... Ele fala:
Desde que meu pai me levou para votar com ele, faz uns 50 anos, jamais vi uma eleição tão descolorida, silenciosa, sem graça.
Lamentável, mas parece isso sim. Não tenho tanta experiência eleitoral assim, mas não lembro de uma eleição mais acanhada. Por que será? Por onde andam as militâncias apaixonadas com suas bandeiras, camisetas e discurso na ponta da língua? Será vergonha do cenário político em que estamos? Será vergonha dos candidatos que aí estão?

Eu já fui um desses militantes apaixonados, com camiseta, boné e uma argumentação pronta pra te convencer. Meu carro tinha adesivos no para-brisa, e uma bandeira pronta para ser erguida e tremulada pelas ruas de Fortaleza. Hoje a única bandeira que tenho perto é do meu querido Flamengo, que nem em sua mais triste campanha do campeonato brasileiro me frustrou tanto como nossa política. Hoje não tenho candidato, talvez tenha uma escolha. Mas não um candidato a quem devo defender avidamente como fazia antes. Ainda acho que é a melhor opção entre as duas (estou tentando evitar a expressão "menos ruim"). Mas...

Talvez eu seja mais um dos eleitores ex-militantes apaixonados. Francamente gostaria muito de voltar a ter alegria com a política em nosso tão maltrado país. Se não alegria, pelo menos convicção de que vale a pena se dicustir ou defender.

segunda-feira, outubro 02, 2006

Mais uma página da vida política do país... II

E enquanto isso, na saída de uma seção eleitoral em Caucaia, onde minha esposa vota, um senhor lamentava o fechamento de sua participação em mais essa lamentável página de nossa vida política... Dizia ele cabisbaixo: "Pronto! Agora perdi meu valor."

Mais uma página da vida política do país...

Caros,

enquanto isso no país do faz-de-conta chamado Brasil, mais uma página em nossa lamentável hitória política é virada. Fechamos o primeiro turno das eleições 2006, e já nos preparamos para a continuação da disputa pela presidência em um segundo turno.

Na disputa pelas cadeiras ao congresso, o continuismo da mediocridade política foi mantido. Retornarão a sua "casa" anões, mensaleiros, cuequeiros e sanguessugas. Não consigo entender como elegemos políticos envolvidos em corrupção. Não consigo entender como um político usa seu tempo em programa eleitoral gratuito para confessar envolvimento em corrupção, e dizendo-se arrependido pede um voto de confiança e uma segunda chance. Não parerce brincadeira? Seria, se elementos desse tipo não fossem eleitos, se não elegessemos nossos representantes como se estivéssemos brincando, ou "só de sacanagem" (vocês já viram os três deputados federais mais bem votados de São Paulo?). Vivemos o período das trevas políticas, ou como Alexandre Garcia já disse, época do nanismo moral. Não nos incomodamos com a bandalheira de corrupção que assola o país. Tanto é que os mesmos nomes que lá estavam no congresso federal, continuarão em um próximo mandato. E outros piores estão voltando... Já viram quem foi eleito para ocupar a cadeira da Heloisa Helena no senado federal?

Que cirse ética é essa em que vivemos? Que crise moral é essa? Que país é esse?