quarta-feira, agosto 22, 2007

Enquanto isso, no senado federal...

Nada se vota desde o dia 08 de agosto. Nadinha... nenhuma emenda, nenhuma proposta, Nada!

Fala sério!

Carga pesada!

Caríssimos,

Nunca na história desse país se pagou tantos impostos. Sendo mais preciso... ano passado pagamos 34,23% do PIB (soma das riquezas produzidas no País) em impostos, contribuições e taxas. De fato, nunca pagamos tantos impostos... Esse foi o maior percentual da história do país (e o terceiro aumento seguido). Mesmo com todas as promessas do governo de não elevar a carga tributária, ano passado pagamos 0,85 ponto percetual a mais de impostos que no ano anterior. O governo federal foi responsável pela elevação de 0,5 ponto percentual; os governos estaduais, por 0,28; e os municípios, por 0,07, da alta total.

Realmente, nunca na história desse país se pagou tanto imposto. Enquanto isso, na sala de justiça, continuamos correndo atrás de planos privados de saúde, previdência privada, educação particular, e daqui a pouco vai ser moda o serviço de segurança privativa.

Quer dizer, pagamos por tudo duas vezes... Uma vez para o governo (para o que eu não sei... Quer dizer, até sei, mas dá uma raiva pensar nisso!), e outra para instituições privadas para serviços que deveríamos ter "gratuitamente".

É brincadeira?

Pior é que não é brincadeira. É sério!

segunda-feira, agosto 13, 2007

Aproximação da violência

Caríssimos,

É com profundo pesar que registro o falecimento do Prof. Arnaldo Dias Belchior. Mais uma fatalidade da vida tira esse ente querido de todos nós.

Pode parece lugar comum, mas vejo com muito medo e preocupação a aproximação cada vez maior da violência. Outro dia, toda essa violência chegava "apenas" como notícias no jornal, que me enchia de indignação e revolta. Hoje, ela acontece com pessoas cada vez mais próximas a mim.

E o pior de tudo é essa sensação de "mãos atadas"... sensação de impotência diante de tudo o que nos cerca. Faz tempo que já venho falando sobre as mazelas políticas de nosso país. Mas contra isso temos o voto, a indiferença (?), ou mesmo a porta do aeroporto internacional. Mas contra a violência, o que podemos fazer? A violência não nos dá muitas alternativas... ela não nos permite mudar de país, ou muito menos, a indiferença. A violência nos tira a vida, e contra isso, não mais o que ser feito.


Professor universitário é assassinado na Varjota

O professor universitário e funcionário do Banco do Nordeste (BNB), Ronaldo Dias Belchior, tornou-se mais uma vítima fatal da violência em Fortaleza. No final da noite do domingo, ele foi atacado por bandidos armados quando chegava, com a esposa, em sua residência, um condomínio situado na Rua Coronel Manuel Jesuíno, 1067, no bairro da Varjota, na zona nobre da Capital (Setor Leste de Fortaleza).

O professor - dos cursos de Informática da Unifor e UFC - estava em seu carro, um Peugeot. Ele buzinou e quando o porteiro acionou o controle de abrir o portão automático, apareceram três bandidos, de arma em punho e exigindo a bolsa da mulher e mais pertencentes.

Como o carro tem os vidros escuros, os bandidos não visualizaram as vítimas e, na demora das vítimas para entregar os bens, um dos ladrões disparou um tiro. A bala atingiu o pescoço da vítima. O professor foi socorrido para o Instituto Doutor José Frota (Centro), onde morreu no começo da madrugada desta segunda-feira. Policiais do 2º DP (Aldeota), estiveram no local.


fonte: http://verdesmares.globo.com/v3/canais/noticias.asp?codigo=188806&modulo=183

Fluido Não-Newtoniano

Caríssimos,

Mas um daqueles vídeos interessantes do Youtube.



Eles encheram uma piscina com uma mistura feita de amido de milho (maizena) e água em um misturador de concreto. Tornou-se um fluido não-newtoniano. Quando se aplica uma força sobre esta mistura ela se comporta como um sólido !

Para saber mais... Fluido Não-Newtoniano (Wikipédia)

terça-feira, agosto 07, 2007

Nota sobre o "País das CPIs"

É fato que nunca na história desse país houve tanta CPI (e não é que é legal esse negócio de "nunca na história desse país" :-)). Mas também é fato que as razões para tantas CPIs sempre existiram. O que está acontecendo hoje não é "mérito" do governo petista.

O que é fato, e que infelizmente as pessoas não percebem, ou simplesmente acharam melhor esquecer, é que em momentos anteriores de nossa triste história política (por exemplo, nos 8 anos de governo [?] tucano) várias foram as CPIs impedidas de serem iniciadas, várias foram as CPIs boicotadas por forças políticas governamentais. Ou não é verdade?

Isso é a democracia. (?)

Nunca na história desse país :-) se permitiu a instauração de tantas CPIs. Isso sim é fato! Mas as razões que justificam uma CPI (ou mesmo as que não justificam, pois parecem mais atribuições da polícia federal. Mas tudo bem, deixa quieto...) sempre existiram. Exatamente como hoje. O que "mudou" foi a consciência ética e moral de nossos políticos. Hoje eles estão mais conscientes de seu papel na sociedade... eles estão mais coerentes com seus princípios políticos... hoje eles estão mais intolerantes as mazelas políticas usuais em nosso país... hoje eles são mais povo... Pelo menos, até a próxima mudança de papais, quando oposição vira governo, e governo vira oposição.

Nunca na história desse país...

... se vaiou tanto um presidente. Ou pelo menos, nunca na história desse país um presidente se permitiu tanto ser vaiado. Porque vaias aconteceram em outros momentos de nossa história (e muitas, e em bem maior intensidade), só que sempre abafadas por forças em busca do equilíbrio da governabilidade (bonito isso, né?).

Na coluna de hoje, Neno Cavalcante fala muito bem disso.

É...

Neno Cavalcante

Sem comparação

Um dos temas do momento se refere às seguidas vaias que o presidente Lula vem recebendo, primeiro no Rio de Janeiro e depois em alguns estados nordestinos. Mas, nenhuma autoridade pública recebeu tantos apupos quanto Aquilo (FHC para os íntimos) em seus 8 anos de desgoverno. Havia, porém, uma grande diferença: na época d´Aquilo o lombo dos manifestantes sofriam - e como! - embaixo dos cacetetes e das bombas de efeito moral dos policiais. Até hoje não esquecei que em fevereiro de 1998 o então presidente veio a Fortaleza em missão exclusivamente eleitoreira: inaugurar o inconcluso Aeroporto Pinto Martins.

Foi pau e muito

De repente, a tropa de choque (e choque, no caso, não é força de expressão) do governo entendeu que vaiar o presidente da República (que República!) era proibido. Resultou que a Polícia tucana desceu o sarrafo, sem dó nem piedade, nos que exprimiam o seu descontentamento com um dos governos mais impatrióticos que se tinha visto. Teve gente que foi hospitalizada.

À moda tucano

Tenho dito sempre que os tucanos e seus aliados históricos (o termo histórico é meio barra forçada) têm idéias próprias a respeito de democracia e liberdade, maneira bem peculiar de encarar. Pelo rito da democracia do PSDB e cia, todos os brasileiros têm o direito inalienável de concordar com eles, admirá-los e aplaudi-los. Já contrariá-los pode ser prejudicial à saúde.



É, Neno! É...

segunda-feira, agosto 06, 2007

Pela Paz

(Artigo publicado no Blog de Política do Jornal O Povo)

Ela tinha apenas 11 anos quando sentiu-se mal e foi para o hospital. Lá foi diagnosticado que a pequena menina sofria de leucemia, doença que atingiu muitas crianças expostas à radiação da bomba atômica jogada contra Hiroshima, no Japão, no ano de 1945.

Mesmo sofrendo com tratamento precário, a pequena Sadako Sasaki ouviu de sua tia uma antiga história oriental que dizia que ao se fazer mil Tsurus (origamis de pássaros) se alcançaria qualquer desejo, qualquer graça.

A menina, muito obstinada, começou a confeccionar os Tsurus pedindo não só por sua saúde, mas pela Paz mundial.

Mesmo com a saúde ficando cada vez mais frágil, ela não diminuía a vontade de finalizar seu projeto. Infelizmente, faltando poucos Tsurus para chegar aos mil, a menina faleceu com um deles em suas mãos.

Os colegas de escola e familiares, emocionados, resolveram então prestar uma homenagem: confecionariam os poucos origamis que faltavam e colocaram todos juntos ao lado de seu corpo.

Sua história, entretanto, não parou por aí. Seus colegas de classe começaram uma campanha para construir um monumento em homenagem a todas as crianças vítimas daquela maldita bomba. Em 1958 foi inaugurado o Monumento da Paz da Criança, que simboliza o desejo por Paz enraizado hoje na cultura japonesa.



Hoje, 6 de agosto, fazem exatos 62 anos que a humanidade conheceu sua faceta mais deplorável. Com uma bomba foram mortas mais de 140 mil pessoas e milhares ficaram doentes pela radiação. Dois dias depois, em Nagasaki, mais 40 mil pessoas morreram pelo mesmo motivo.

Postado por Vicente Gioielli - vicente@opovo.com.br

Das brechas

Caríssimos,

Replico aqui artigo publicado no Blog do Mino. Muito bom, e merece uma boa reflexão.

Enjoy!


Das brechas

Diz Fernando Henrique que “as brechas entre ricos e pobres não devem ser aumentadas na política”. A frase não é muito clara, como seria de se esperar de um emérito professor, mas dá para entender. Trata-se de uma lição ministrada ao presidente Lula, disposto a reconhecer ter feito mais pelos ricos do que pelos pobres. De minha parte permito-me observar o cuidado semântico do ex-presidente ao escolher a palavra brecha. Brecha?! Cratera, voragem, abismo. É possível que o príncipe dos sociólogos não saiba que apenas 5% da população ganha de 800 reais para cima, que 1% detem 50% das terras agriculturáveis, que o Brasil disputa com Sierra Leoa e a Nigéria o primeiro lugar na classificação dos paises de pior distribuição de renda do mundo. Cálculos feitos à base de critérios muito generosos, incluem entre 20 e 23% dos habitantes dentro das fronteiras da chamada classe média. Média? No meio do que? Da pobreza generalizada, enquanto no topo da pirâmide, na extrema cúspide, instalam-se os nababos. É possível que a “brecha” possa ainda ser alargada?
enviada por mino

sexta-feira, agosto 03, 2007

Toma-lá-dá-cá? (II)

Caríssimos,

Para ajudar a responder algumas perguntas, segue artigo publicado na Folha Online.

Diretor da Anac viajou aos EUA a convite da TAM em 2006
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da Folha Online

De acordo com a última edição do Jornal da Globo, de 27 de julho, Josef Barat, diretor da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), órgão fiscalizador das atividades de aviação civil, teria viajado a Nova York no dia 9 de dezembro de 2006 a convite da empresa aérea TAM.

Josef Barat teria ido aos EUA para participar de uma palestra sobre o tema "A visão da Anac quanto ao futuro desenvolvimento do setor aéreo e suas questões", durante o "Tam Day". Segundo a reportagem, a TAM teria pago as despesas com passagens e hospedagem do diretor da Anac. Ele não concedeu entrevista sobre o caso, mas a Agência Nacional de Aviação Civil diz que não considera falta de ética o fato de Barat ter viajado a convite da companhia aérea.

No dia 25 de dezembro de 2006, a Anac anunciou à imprensa uma auditoria na TAM para apurar as irregularidades praticadas pela companhia. De acordo com o Jornal da Globo, duas semanas após esta declaração, Barat deixou registrado na ata da reunião da Anac que não concordava com a auditoria que seria feita na TAM, posteriormente aos trabalhos da força-tarefa da Anac para investigar as causas do apagão aéreo.


Mais alguma pergunta?

Fala sério, Brasil!

Toma-lá-dá-cá?

E por falar em crise aérea (mais uma das várias crises pelas quais passa nosso país, começando pela crise moral), o diretor da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), Josef Barat, afirmou que teve uma (?) viagem para Nova York custeada pela TAM, em 2006. Seguno Barat, a viagem foi aprovada pela diretoria da ANAC. E não ficou por aí... Barat acha perfeitamente normal esse tipo de política, e disse ainda que outros executivos do governo federal fazem o mesmo (?!).

Mas espera um pouco... É correto uma agência fiscalizadora das atividades de aviação civil receber benefícios de empresas reguladas por ela? Se não estou enganado, uma das missões da ANAC é, dentre outras coisas, fiscalizar empresas da aviação civil, como por exemplo, a TAM. Não é isso mesmo? Que comportamento (fiscalizador?) podemos esperar de uma agência que se beneficia de "gentilezas" de suas empresas fiscalizas? Realmente podemos esperar comportamento regulatório isento de instituições que adotam essa prática de "gentilezas"? Se o motivo da viagem era profissional, ou seja, se Barat foi a Nova York representando a ANAC, por que suas despesas não foram custeadas com recursos da ANAC? Por que ter sua viagem bancada pela TAM? Como é que funciona isso?

País de CPIs

Caríssimos,

Depois de um merecido período de férias, estou de volta ao blog. E o meu retorno até teria muita coisa pra falar... Mas infelizmente recaio na discussão da hora... a crise aérea em que o país se encontra. E nesse contexto, mais uma vez recorremos as CPIs. No país de tantas CPIs (o congresso parece mesmo não fazer outra coisa), mais uma parece estar por vir... a CPI do vazamento.

Durante as investigações sobre o terrível acidente da TAM como parte das atribuições da CPI do Apagão aéreo (a CPI tem mesmo competência técnica para investigar esse acidente? E mais, isso é realmente atribuição de uma Comissão Parlamentar de Inquérito? Daqui a pouco vamos ter a CPI da apuração do Carnaval 2008. Mas tudo bem... voltemos ao que estava falando... Eu dizia durante as investigações da CPI do Apagão aéreo...) questionou-se como as informações sobre o resultado de coleta dos dados das caixas-pretas do Airbus A320 da TAM vazaram. E antes mesmo de serem abertos em sessão pública na CPI, já estavam em todas as bancas de jornais do país na segunda-feira. Foi solicitada a instauração de investigação para apuração dos fatos. E segundo especula-se, a responsabilidade pelo vazamento das informações seria de pessoas do governo federal. E aí já viu, né? CPI neles!

Enquanto isso "na sala de justiça", projetos de segurança, saúde, educação, e tanto outros esperam uma vaga entre uma CPI e outra para serem apreciados.

Fala sério, Brasil!

quinta-feira, agosto 02, 2007

"Cansei"

Caríssimos,

Independente de toda a polêmica que gira em torno da campanha, independente de razões e forças política envolvidas, independente de qualquer outra coisa, o fato é que a situação social e política em nosso país é lamentável! CPIs, corrupção, fraudes, caos social, crise de valores, etc.



Continuo a me perguntar qual a saída para nosso país... Seria realmente o portão de embarque do aeroporto internacional?