sexta-feira, agosto 03, 2007

Toma-lá-dá-cá?

E por falar em crise aérea (mais uma das várias crises pelas quais passa nosso país, começando pela crise moral), o diretor da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), Josef Barat, afirmou que teve uma (?) viagem para Nova York custeada pela TAM, em 2006. Seguno Barat, a viagem foi aprovada pela diretoria da ANAC. E não ficou por aí... Barat acha perfeitamente normal esse tipo de política, e disse ainda que outros executivos do governo federal fazem o mesmo (?!).

Mas espera um pouco... É correto uma agência fiscalizadora das atividades de aviação civil receber benefícios de empresas reguladas por ela? Se não estou enganado, uma das missões da ANAC é, dentre outras coisas, fiscalizar empresas da aviação civil, como por exemplo, a TAM. Não é isso mesmo? Que comportamento (fiscalizador?) podemos esperar de uma agência que se beneficia de "gentilezas" de suas empresas fiscalizas? Realmente podemos esperar comportamento regulatório isento de instituições que adotam essa prática de "gentilezas"? Se o motivo da viagem era profissional, ou seja, se Barat foi a Nova York representando a ANAC, por que suas despesas não foram custeadas com recursos da ANAC? Por que ter sua viagem bancada pela TAM? Como é que funciona isso?

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